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Vamos falar de afeto?

  • Matheus Gansohr Psicólogo Clínico | Junguiano
  • 26 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

No início de sua carreira, o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875 - 1961) afirmou: “A base essencial da nossa personalidade é a afetividade. O pensamento e a ação são, por assim dizer, apenas sintomas da afetividade*. Desse modo o entendimento proposto pelo fundador da Psicologia Analítica (também conhecida como Junguiana) é de que o afeto é principio organizador central da vida psíquica, pois, reúnem componentes (opiniões, ideias, memórias e sensações), conferindo a cada um deles um “sentimento intensificado”.


No caso de uma experiência de vida acompanhada por um intenso afeto, todos os elementos perceptivos e mentais associados a essa experiência estarão acumuladas em torno desse afeto, formando com isso um complexo intensificado pelo sentimento. Esses complexos são as unidades básicas da psique e, compreendendo que os afetos humanos são universais, que tendem, nas suas formas mais regredidas, a assumir certas formas “arcaicas”, “típicas” – portanto, “arquetípicas”.


Portanto, embora haja a camada pessoal de experiências, como um invólucro, há também um núcleo arquetípico e na qualidade de “imagens” dos afetos universais estruturados em temas típicos das mitologias e das religiões do mundo inteiro. Esse núcleo arquetípico confere aos complexos o seu caráter universal típico a exemplo do complexo de inferioridade ou de superioridade, os complexos parentais e complexos sexuais e assim por diante. Por fim, esses afetos que se configuram em complexos possuem efeitos mais ou menos perturbadores sobre o ego (o eu), dependendo do grau da sua “autonomia”, que depende de sua intensidade, não à toa sendo os afetos um dos principais focos comumente trabalhados em psicoterapia.


*JUNG, C.G. Collected Works 3.


Matheus Gansohr

Psicólogo Clínico | Junguiano

CRP: 03/9456


Até breve 

 
 
 

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